EL AGUANTE AL METAL

DESDE BRASIL EL CONCEPTO DE ODIO!!!!

● EL AGUANTE AL METAL: Muitos agradecimentos por compartilhar um tempo com este servidor humilde, você poderia nos dar uma breve revisão histórica da banda e nomear os membros
◇ FLAVIO: Nós que agradecemos pela oportunidade e a atenção dispensada.
A banda começou em 2009 como uma brincadeira entre amigos, que se reuniam para tocar uns covers de Sepultura, Slayer, Pantera e Down, até que começou a sair alguma coisa de composição. Com o tempo, os compromissos pessoais de cada um foram causando algumas saídas de membros até que chegou à formação atual. Eu Flávio(vocal), fui o último a entrar na banda, em 2013. Quando me convidaram para fazer o teste a banda já tinha umas 3 músicas prontas e o argumento que usei foi “se for pra jogar Guitar Hero, eu jogo em casa que é mais barato” até que chegou-se à formação atual: Flávio Giraldelli(vocal), Takashi Maruyama(bateria), Daniel Pereira(guitarra) e Rafael Biebrach(baixo). Então intensificamos as composições para que tivéssemos um set próprio e começarmos a fazer shows como uma banda autoral.

● Porque o nome Concept of Hate?
◇ Hahahahaha, esse nome tem uma história curiosa. O nome surgiu quando o baixista estava assistindo a um programa de entrevistas e depois de uma resposta do entrevistado(que ele não lembra quem era), o entrevistador comentou: “Então você criou um conceito de ódio”.
 Eu e o baterista discordávamos deste nome, e então criou-se a discussão: Por quê manter esse nome. Como nosso objetivo é fazer um som pesado. Convencionamos que Concept of Hate é porque a banda tem o objetivo de fazer um som tão pesado quanto esse sentimento(ódio).
 Mais tarde, numa letra eu acabei criando uma equação que define matematicamente o conceito de ódio, que é “amor multiplicado por um negativo(amor *-1)”. Se você imaginar um plano cartesiano e atribui um valor ao amor, por exemplo: 100. Zero representaria a indiferença, e -100 é o valor do ódio. Um sentimento tão forte quanto o amor, porém em sentido contrário.

● O que as letras falam? Qual tema eles usam e quem é responsável por escrever e compor?
◇ Eu escrevo diversos temas. Os principais são conflitos pessoais e psicológicos causados pelos valores impostos pela sociedade fria e consumista atual, controle das mentes através de religião e política.
 A parte instrumental é composta em processo colaborativo por todos os membros e as letras são colocadas por último

● Quais são seus estilos e influências?
◇ Isso é o curioso da banda: Cada um ouve uma coisa diferente. O baixista gosta de punk e grindcore. O batera é chegado num Death Metal. O guitarra é do Metal Melódico e eu ouço do Heavy tradicional até o Black. Colocamos tudo num caldeirão com o único compromisso de que seja Metal, e pesado.

●Como você vê a cena metal local? E nacional?
◇ A região do ABC Paulista é uma verdadeira usina de bandas de Metal. O Andreas Kisser morou aqui, e hoje metade do Torture Squad(Mayara e Rene) é de Santo André. O mais curioso disso é que o número de bandas que surgem aqui desde os anos 80. O professor Kadu Castro está escrevendo um livro sobre o cenário atual chamado “ABC a Detroit do rock brasileiro”, que embora aborde todas as vertentes do Rock, tem um grande enfoque no Metal da região, devido ao número de bandas.
 A cena do Metal Autoral andou meio abandonada nos últimos anos devido à “invasão” das bandas cover, que acabaram dificultando o acesso aos espaços. Faço parte de um coletivo cultural chamado Coletivo Rock ABC que tem o objetivo de resgatar essa cena que era tão forte até a metade dos anos 90.
 No Brasil, eu tenho a percepção que a cena Metal está se recuperando aos poucos. Ainda falta muito para voltar a ser o que era. Bandas de altíssima qualidade não faltam.

● Você tem algum trabalho de gravação? Para quando um novo álbum?
◇ Lançamos um EP com 4 faixas em 2015 (Download grátis em: https://drive.google.com/open?id=0BzOS6fQmvrzvREtOY0I4YjBiakU ) que recebeu excelentes resenhas de diversos blogs e revistas – alías, já deixo aqui um pedido de uma resenha  sua, e estamos com um álbum gravado e mixado, estamos acertando os detalhes da masterização e será lançado em breve, ainda em 2018.

● O que você acha dos discos de vinil sendo reeditados?
◇ Particularmente eu ainda prefiro o CD tanto na qualidade do som quanto na praticidade de manuseio, nos livretos etc. E penso que dizer que o som de vinil é melhor que o de CD é a mesma coisa que dizer que um carro carburado tem desempenho melhor que um carro com injeção eletrônica.  Mas isso é opinião minha, assim como hoje temos pessoas que curtem e até clubes de carros carburados, temos pessoas que preferem o vinil.
 Respeito o gosto de cada um e é bem provável que lancemos o nosso álbum em vinil também, justamente em respeito a estes fãs de Metal.

●Quais planos você tem para o futuro?
◇ Atualmente estamos focados no lançamento do Álbum e gravação do videoclipe. Mas gravamos o álbum também para voltar a compor, ou seja já estamos pensando num próximo.
 Após o lançamento, planejamos uma turnê pelo Brasil para divulgação, e por que não pela América Latina?

● A partir de agora muito obrigado pelo seu tempo e para terminar gostaria de deixar uma mensagem para os leitores?
◇ Apoiem sempre a cena Underground. Compareçam a shows, acompanhem blogs como este, comprem e  usem merch das bandas que, muitas vezes é a única verba que elas recebem para se manter. Todos fazemos parte da mesma luta pelo Metal.

● Muito obrigado ao JP GOMEZ e aos leitores do EL AGUANTE AL METAL
◇ Valeu JP, pelo espaço e pela oportunidade de dar esta entrevista ao um blog tão conceituado quando o EL AGUANTE AL METAL. Esta força que pessoas como você dão pra cena Undergroud é que mantém a chama do Metal acesa. E leitores, acompanhem sempre o EL AGUANTE. O JP sempre traz as melhores informações do Underground, que é feito por todos nós. Grande abraço a todos e, muito obrigado.

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